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Economia Brasileira Cresce 3,5% em 2024, Atingindo R$ 11,655 Trilhões, Segundo a FGV

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A economia do Brasil registrou um crescimento de 3,5% em 2024, conforme estimativas divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado foi apresentado no Monitor do PIB, um estudo que antecipa o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Essa expansão é um sinal positivo para a recuperação econômica, especialmente após os desafios enfrentados nos últimos anos.

Em dezembro de 2024, a economia apresentou uma expansão de 0,3% em relação ao mês anterior. No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,4% em comparação ao terceiro trimestre, indicando uma desaceleração em relação aos trimestres anteriores, que tiveram crescimentos mais robustos de 1,4% e 0,8%, respectivamente. Essa desaceleração pode ser um reflexo de fatores internos e externos que impactam a atividade econômica.

No acumulado do ano, todos os componentes da economia mostraram crescimento, exceto a agropecuária, que registrou uma queda de 2,5%. A agropecuária, que havia sido a locomotiva da economia em 2023, enfrentou desafios que afetaram sua performance. Por outro lado, a indústria e os serviços apresentaram resultados ainda melhores do que os já elevados crescimentos do ano anterior, destacando a resiliência de outros setores da economia.

A economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, avaliou que o Brasil teve um ótimo resultado em termos de atividade econômica em 2024. O consumo das famílias, por exemplo, cresceu 5,2%, refletindo a recuperação do poder de compra e a confiança do consumidor. Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o nível de investimento, cresceu 7,6%, indicando um aumento significativo nas compras de máquinas e equipamentos.

O PIB brasileiro alcançou R$ 11,655 trilhões em 2024, o maior valor já registrado na série histórica. O PIB per capita também atingiu um recorde, com R$ 56.796, demonstrando um aumento na riqueza média por habitante. Apesar do crescimento, a produtividade da economia foi de R$ 100.699, apresentando uma leve queda de 0,3% em relação a 2023, o que sugere a necessidade de melhorias na eficiência produtiva.

Para 2025, a economista Juliana Trece alerta que o Brasil enfrentará desafios tanto internos quanto externos. A alta taxa de juros, que atualmente está em 13,25% ao ano, pode impactar negativamente os investimentos e a atividade econômica. Embora os juros elevados ajudem a controlar a inflação, eles também desestimulam o crescimento e a criação de empregos, criando um dilema para a política econômica.

Outro desafio mencionado é a guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos, que pode afetar as exportações brasileiras. A imposição de tarifas sobre produtos estrangeiros, como aço e alumínio, e a ameaça de sobretaxas ao etanol brasileiro, podem comprometer o nível das exportações. Essas questões externas exigem uma atenção cuidadosa por parte do governo brasileiro para mitigar os impactos negativos.

O Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, é uma das principais fontes de informação sobre a economia brasileira. O resultado oficial do PIB será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de março, e as expectativas são de que a economia continue a mostrar sinais de recuperação, apesar dos desafios que se avizinham.

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