Na manhã deste sábado (14), um incêndio de grandes proporções devastou uma extensa área de mata em Mogi das Cruzes, na região de Taiaçupeba. As chamas começaram por volta das 6h e se espalharam rapidamente, favorecidas pelos ventos fortes e pela vegetação seca, segundo informações preliminares das autoridades.
A área afetada pelo incêndio, que abrange cerca de 50 hectares, é conhecida por abrigar uma rica biodiversidade. Com o avanço do fogo, especialistas já estimam perdas significativas na fauna e na flora local, com destaque para espécies que estão em risco de extinção. A dimensão do dano ambiental preocupa as autoridades e ambientalistas.
Assim que o fogo foi detectado, equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para conter as chamas. O combate envolveu o uso de helicópteros, que realizaram lançamentos de água nos pontos mais críticos e de difícil acesso. Apesar da rápida resposta, o combate ao incêndio foi dificultado pelas condições climáticas e pela topografia da região.
Moradores das áreas próximas relataram momentos de apreensão com o avanço do fogo. Alguns chegaram a ser orientados pelas autoridades a deixar suas casas como medida de precaução. “Foi um susto enorme, não sabíamos se o fogo ia chegar até aqui”, comentou um dos moradores que teve que se deslocar temporariamente.
Em coletiva de imprensa, o Capitão Silva, comandante das operações dos bombeiros, afirmou que a situação está sob controle, mas que as equipes ainda realizarão o trabalho de rescaldo por alguns dias. Ele explicou que esse processo é essencial para garantir que os focos de incêndio não voltem a se intensificar.
Especialistas em meio ambiente já alertam para as consequências ecológicas do incêndio. De acordo com biólogos, a recuperação total da vegetação e da fauna local pode levar anos, agravando ainda mais a situação de espécies já ameaçadas. O impacto ambiental é considerado irreversível em certas áreas.
Este não é um caso isolado na região. Incêndios florestais têm sido recorrentes em Mogi das Cruzes nos últimos anos, impulsionados por fatores como mudanças climáticas e a ação humana. O histórico preocupa tanto os moradores quanto as autoridades, que já vinham buscando formas de prevenção.
Para evitar novos desastres, a prefeitura e órgãos ambientais prometem reforçar as medidas de prevenção. Entre as ações previstas estão campanhas de conscientização junto à população e a criação de barreiras corta-fogo. As causas do incêndio estão sendo investigadas, e não se descarta a hipótese de queima ilegal ou negligência humana.