PCC Lava Dinheiro em Padarias e Empresas de São Paulo
A Operação Carbono Oculto, realizada na quinta-feira (28), revelou um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a facção criminosa PCC. A investigação apontou que a organização utilizava uma rede com pelo menos 9 padarias e empresas associadas em São Paulo para ocultar patrimônio e lavar dinheiro.
As padarias, segundo a investigação, são mais um dos veículos para a lavagem de dinheiro da organização criminosa. Elas estão inseridas em uma teia de negócios que inclui desde usinas sucroalcooleiras a postos de combustíveis. A rede de padarias é administrada pela empresa Dubai Administração de Bens Ltda., que foi identificada como a maior rede de São Paulo.
A investigação aponta que a empresa Dubai Administração de Bens Ltda. teve como sócios iniciais Hussein Ali Mourad e Tarik Ahmad Mourad, investigados no esquema. Atualmente, a empresa está em nome de Maria Edenize Gomes, descrita como uma laranja do grupo. Ela e outra mulher, Ellen Bianca de Franca Santana Resende, são apontadas com participação ativa na lavagem de dinheiro.
A investigação também revelou que o esquema envolveu a criação de empresas de fachada para dissimular a origem ilícita dos fundos. As padarias e as empresas associadas foram utilizadas para ocultar patrimônio e lavar dinheiro da organização criminosa. O uso de laranjas e a criação de empresas de fachada são técnicas comuns utilizadas por organizações criminosas para ocultar suas atividades.
A Operação Carbono Oculto é uma das mais recentes medidas adotadas pelo Ministério Público para combater a lavagem de dinheiro e a infiltração de facções criminosas em diferentes setores da economia. A operação mirou a infiltração do PCC no setor de combustíveis, mas também revelou a existência de um esquema mais amplo que envolve a lavagem de dinheiro em padarias e empresas associadas.